quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Aos Anjos Guardiões e aos Espíritos Protetores

11 – Prefácio – Todos nós temos um Bom Espírito, ligado a nós desde o nascimento, que nos tomou sob a sua proteção. Cumpre junto a nós a missão de um pai junto ao filho: a de nos conduzir no caminho do bem e do progresso, através das provas da vida. Ele se sente feliz quando correspondemos à sua solicitude, e sofre quando nos vês sucumbir. Seu nome pouco importa, pois que ele pode não ter nenhum nome conhecido na Terra. Invocamo-lo, então, como o nosso Anjo Guardião, o nosso Bom Gênio. Podemos mesmo invocá-lo com o nome de um Espírito Superior, pelo qual sintamos uma simpatia especial.
           
Além do nosso Anjo guardião, que é sempre um Espírito Superior, temos os Espíritos Protetores, que, por serem menos elevados, não são menos bons e generosos. São Espíritos de parentes ou amigos, e algumas vezes de pessoas que nem sequer conhecemos na atual existência. Eles nos ajudam com os seus conselhos, e freqüentemente com a sua intervenção nos acontecimentos de nossa vida. Os Espíritos simpáticos são os que se ligam a nós por alguma semelhança de gostos e tendências. Podem ser bons ou maus, segundo a natureza das inclinações que os atraem para nós. Os Espíritos sedutores esforçam-se para nos desviar do caminho do bem, sugerindo-nos maus pensamentos. Aproveitam-se de todas as nossas fraquezas, como de outras tantas portas abertas, que lhes dão acesso à nossa alma. Há os que se agarram a nós como a uma presa, mas afastam-se quando reconhecem a sua impotência para lutar contra a nossa vontade.

Deus nos deu um guia principal e superior em nosso Anjo Guardião, e como guias secundários os nossos Espíritos Protetores e Familiares. É um erro, entretanto, supor que tenhamos forçosamente um mau gênio junto a nós, para contrabalançar as boas influências daqueles. Os maus Espíritos nos procuramvoluntariamente, desde que achem possível dominar-nos, em razão da nossa fraqueza ou da nossa negligência em seguir as aspirações dos Bons Espíritos,e somos nós, portanto, que os atraímos. Disso resulta que não somos nunca privados da assistência dos Bons Espíritos, e que depende de nós o afastamento dos maus. Pelas suas imperfeições, sendo ele mesmo a causa dos sofrimentos que o atingem, o homem é quase sempre o seu próprio mau gênio.(Cap. V, nº 4). A prece aos Anjos Guardiães e aos Espíritos Protetores deve ter por fim solicitar a sua intervenção junto a Deus, pedir-lhes a força de que necessitamos para resistir às más sugestões, e a sua assistência para enfrentarmos as necessidades da vida.

12 – Prece – Espíritos sábios e benevolentes, mensageiros de Deus, cuja missão é assistir aos homens e conduzi-los pelo bom caminho, amparai-me nas provas desta vida; dai-me a força de sofrê-las sem lamentações; desviai de mim os maus pensamentos, e fazei que eu não dê acesso a nenhum dos maus Espíritos que tentariam induzir-me ao mal. Esclarecei a minha consciência sobre os meus próprios defeitos, e tirai-me dos olhos o véu do orgulho, que poderia impedir-me de percebê-los e de confessá-los a mim mesmo. Vós, sobretudo, meu Anjo Guardião, que velais mais particularmente por mim, e vós todos, Espíritos Protetores, que vos interessais por mim, fazei que eu me torne digno da vossa benevolência. Vós conheceis as minhas necessidades; que elas sejam satisfeitas segundo a vontade de Deus.

13 – Prece – Meu Deus, permiti que os Bons Espíritos que me assistem possam ajudar-me, quando me achar em dificuldades, e amparar-me nas minhas vacilações. Senhor, que eles me inspirem a fé, a esperança e a caridade, que sejam para mim um apoio, uma esperança e uma prova da Vossa misericórdia. Fazei, enfim, que eu neles encontre a força que me faltar nas provas da vida, e para resistir às sugestões do mal, a fé que salva e o amor que consola.

14 – Prece –  Espíritos amados, Anjos Guardiães, vós a quem Deus, na sua infinita misericórdia, permite velarem, pelos homens, sede o nosso amparo nas provas desta vida terrena. Dai-nos a força, a coragem e a resignação; inspirai-nos na senda do bem, detendo-nos no declive do mal; que vossa doce influência impregne as nossas almas; fazei que sintamos a presença, ao nosso lado, de um amigo devotado, que assista os nossos sofrimentos e participe das nossas alegrias. E vós, meu Anjo Bom, nunca me abandoneis. Necessito de toda a vossa proteção, para suportar com fé e amor as provas que Deus quiser enviar-me.

Fonte O Evangelho Segundo o Espiritismo

POR ALLAN KARDEC

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Trecho retirado do livro TAMBORES DE ANGOLA de Robson Pinheiro

Exu é entidade de luz (em evolução) com profundo conhecimento das leis magísticas e de todos os caminhos e trilhas do Astral Inferior.
Não tem nada a ver com as imagens vendidas nas casas de artigos religiosos, com chifrinhos e rabos… Exu não é o Diabo.
São os guardiões, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no ambiente.
São trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte e pelas vibrações que emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio.
Conhecem profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua rigidez e disciplina.
Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois vocês não ignoram que lidamos, em um número imenso de vezes, com entidades perversas, espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo astral, que só reconhecem a força das vibrações elementares, de um magnetismo vigoroso, e personalidade forte que se impõem. Essa, a atividade dos guardiões. Sem eles, talvez, as cidades estivessem à mercê de tropas de espíritos vândalos ou nossas atividades estivessem seriamente comprometidas.
São respeitados e trabalham à sua maneira para auxiliar quanto possam. São temidos no submundo astral, porque se especializaram na manutenção da disciplina por várias e várias encarnações.
Muitos do próprio culto confundem os Exus com outra classe de espíritos, que se manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem.
Na Umbanda a caridade é Lei Maior, e esses espíritos, com aspectos mais bizarros, que se manifestam em médiuns são, na verdade, outra classe de entidades, espíritos marginalizados por seu comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de obsessores, de vadios, que vagam sem rumo nos sub-planos astrais e que são, muitas vezes, utilizados por outras inteligências, servindo a propósitos menos dignos. Além disso, encontram médiuns irresponsáveis que se sintonizam com seus propósitos inconfessáveis e passam a sugar as energias desses médiuns e de seus consulentes, exigindo “trabalhos”, matanças de animais e outras formas de satisfazerem sua sede de energia vital. São conhecidos como os quiumbas, nos pântanos do astral. São
maltas de espíritos delinqüentes, à semelhança daqueles homens que atualmente são considerados na Terra como irrecuperáveis socialmente, merecendo que as hierarquias superiores tomem a decisão de expurgá-los do ambiente terrestre, quando da transformação que aguardamos neste milênio. Os médiuns que se sintonizam com essa classe de espíritos desconhecem a sua verdadeira situação.
Depois, existe igualmente um misticismo exagerado em muitos terreiros que se dizem umbandistas e se especializam em maldades de todas as espécies, vinganças e pequenos “trabalhos”, que realizam em conluio com os quiumbas e que lhes comprometem as atividades e a tarefa mediúnica. São, na verdade, terreiros de Quimbanda, e não de Umbanda. Usam o nome da Umbanda como outros médiuns utilizam-se do nome de espíritas, sem o serem.
Os espíritos que chamamos de Exus são, na verdade, os guardiões, os atalaias do Plano Astral, que são confundidos com aqueles dos quais falei.
São bondosos, disciplinados e confiáveis. Utilizam o rigor a que estão acostumados para impor respeito, mas são trabalhadores do BEM.
São eles os verdadeiros Exus da Umbanda, conhecidos como guardiões, nos sub-planos astrais ou umbral. Verdadeiros defensores da ordem, da disciplina, formam a polícia do mundo astral, os responsáveis pela manutenção da segurança, evitando que outros espíritos descompromissado s com o bem instalem a desordem, o caos, o mal. Tem experiência nessa área e se colocam a serviço do bem, mas são incompreendidos em sua missão e confundidos com demônios e com os quiumbas, os marginais do mundo astral.
NÃO EXIGEM NEM ACEITAM “TRABALHOS”, DESPACHOS OU OUTRAS COISAS RIDÍCULAS das quais médiuns irresponsáveis, dirigentes e pais de santo ignorantes se utilizam para obter o dinheiro de muitos incautos que lhes cruzam os caminhos. Isso é trabalho de Quimbanda, de magia negra. E NADA TEM A VER COM A UMBANDA!
Fonte: Trecho retirado do livro *TAMBORES DE ANGOLA*
Trecho do livro TAMBORES DE ANGOLA Robson Pinheiro por Angelo Inácio.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

Esse é um relato de Rubens Saraceni sobre o desenvolvimento mediúnico na Umbanda


Muitos anos atrás Pai Benedito de Aruanda, em um dos livros psicografados por mim, revelou-nos isso: de cada 100 crianças que nascem 30 delas já trazem alguma faculdade mediúnica (ou varias) já madura e que  precisarão ser orientadas corretamente para colocá-la a serviço dos seus semelhantes e auxiliá-los.
As faculdades mediúnicas mais ostensivas são as de incorporação, de clarividência, de intuição e de sensitividade, que também são as de mais difícil domínio porque se não forem devidamente colocadas sob controle consciente dos seus possuidores acabarão prejudicando- os e atrapalhando- os em vários aspectos de suas vidas, e mesmo, segregando-os no seio de suas famílias, sendo que muitos se tornam freqüentadores de consultórios médicos (psicólogos, psiquiatras, neurologistas, etc) ou dependentes de drogas e bebidas ainda na juventude porque se sentem diferentes das outras crianças ou dos outros jovens.
Faculdade mediúnica fora de controle em uma criança, em um jovem ou adulto torna-o infeliz, perturbado espiritualmente e desequilibrando psicologicamente, atrapalhando o desempenho no estudo e no trabalho, podendo em muitos casos levar a pessoa à perda da razão e da capacidade de separar o lado espiritual de sua vida do lado material, sendo que não são poucos os relatos na literatura espírita de pessoas que foram internadas como “loucas” ou “desajustadas”.
Não que existam casos como esse devido a desequilíbrios bioquímicos e psicológicos, esses últimos devido à má formação e má orientação do ser quando na mais tenra idade (do 1º aos sete anos de idade).
Sobre isso aqui comentado há farta literatura, tanto espírita quanto medica e só me servi do muito que já li sobre o assunto.
Pois bem, baseado no que eu já sabia e na informação de Pai Benedito de que trinta por cento da população possui alguma faculdade mediúnica já amadurecida em vidas passadas e no período em que o espírito viveu no astral, a cerca de quinze anos atrás comecei a estimular os dirigentes de Umbanda a abrirem seus centros em um dia especifico só para acolherem essas pessoas com faculdades mediúnicas ostensivas e tanto orientá-las e auxiliá-las no domínio consciente delas, quanto incorporá-las religiosamente às suas vidas como um dom do espírito que deve ser colocado a serviço do próximo de forma correta para, ai sim, essas pessoas estarem sendo úteis com algo que possuem e que demorou muito tempo para adquirirem o dom mediúnico.
Ensinei isso, ensino e sempre ensinarei e sempre lembrarei os dirigentes de centros de Umbanda que uma semana tem sete dias e que podem usar um dia só para o estudo da Umbanda e do desenvolvimento mediúnico das pessoas, principalmente dos que tem a faculdade de incorporar os espíritos.
Eu me baseei no que é feito regularmente no espiritismo e em muitos centros de Umbanda, onde o desenvolvimento da faculdade de incorporar espíritos é feito em dias específicos quando o centro não recebe consulentes e suas cargas espirituais que de alguma forma perturbam os médiuns iniciantes, ainda vulneráveis à presença de espíritos trevosos ou sofredores, que tanto interferem e bloqueiam suas incorporações quanto os deixa mal e com tonturas, dores de cabeça ou no corpo, náuseas, etc.
Não inventei escolas de desenvolvimento mediúnico, apenas tenho estimulado os dirigentes umbandistas a darem à mediunidade o mesmo valor que sempre deram a ela os nossos irmãos espíritas com suas escolas de desenvolvimento mediúnico criadas há 150 anos pelos semeadores do espiritismo e tendo à frente deles Alan Kardec que, para mim é um dos maiores luminares da humanidade.
O desenvolvimento mediúnico organizado e bem conduzido tem o apoio da espiritualidade superior e tanto nos centros espíritas quanto nos de Umbanda as aulas e praticas mediúnica são assistidos e orientados por espíritos mentores, muitos deles ligados aos médiuns que estão começando a desenvolver um método consciente de dominar suas faculdades e colocá-las em ordem para que, posteriormente possam participar com firmeza e segurança das sessões de atendimento espiritual aos consulentes do centro que freqüentam.
Como eu já escrevi linhas atrás, não inventei as escolas de desenvolvimento mediúnico, pois quem fez isso foi Alan Kardec.
Eu não inventei o desenvolvimento na Umbanda porque foi nosso querido e saudoso Pai Zélio de Morais que fundou a Umbanda e alicerçou-a na faculdade de incorporação ao incorporar o espírito mensageiro de Deus que, incorporado nele abriu o 1º trabalho espiritual de Umbanda, oficializando no plano material mais uma religião.
Eu fui beneficiário do legado deles e os reverencio sempre pelo bem que criaram e beneficiou-me quando precisei desenvolver- me na Umbanda e fui acolhido por dirigentes que tinham um dia à parte só para o desenvolvimento mediúnico.
Mas, como já vi e já passei por centros que desenvolvem os médiuns nos dias de atendimento publico e o guia-chefe tem pouco tempo para eles e muitos saem das giras piores do que quando chegaram, tenho recomendado a todos os sacerdotes umbandistas que estudaram comigo que adotem nos seus centros um dia só para o desenvolvimento mediúnico.

REFERENCIA:

quarta-feira, 11 de março de 2009

SER UMBANDISTA

EU SOU UMBANDISTA!

Por Etiene Sales

Eu sou Umbandista ... Mas o que é isso? O que é ser Umbandista?

É não ter vergonha de dizer: "Eu sou Umbandista".

É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.

É se dar, acima de tudo a um trabalho espiritual.

É saber que um terreiro, um centro, uma casa de Umbanda é um local espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo, mas todos os terreiros, centros e casas de Umbanda, representam a Religião de Umbanda.

É saber respeitar para ser respeitado, é saber amar para ser amado, é saber ouvir para ser escutado, é saber dar um pouco de si para receber um pouco de Deus dentro de si.

É saber que a Umbanda não faz milagres, quem os faz é Deus e quem os recebe os mereceu.

É saber que uma casa de Umbanda não vende nem dá salvação, mas oferece ajuda aos que querem encontrar um caminho.

É ter respeito por sua casa, por seu sacerdote e pela Religião de Umbanda como um todo: irmandade.

É saber conversar com seu sacerdote e retirar suas dúvidas.

É saber que nem sempre estamos preparados ... que são necessários sacrifícios, tempo e dedicação para o sacerdócio.

É entrar em um terreiro sem ter hora para sair ou sair do terreiro após o último consulente ser atendido.

É, mesmo sem fumar e beber, dar liberdade aos meus guias para que eles utilizem esses materiais para ajudar ao próximo, confiando que me deixem sempre bem após as sessões.

É me dar ao meu Orixá para que ele me possua com sua força e me deixe um pouco dessa força para que eu possa viver meu dia-a-dia, numa luta constante em benefício dos que precisam de auxílio espiritual.

É sofrer por não negar o que sou Umbandista), e ser o que sou com dignidade, com amor e dedicação.

É ser chamado de atrasado, de sujo, de ignorante, conservador, alienígina, louco ... e, ainda assim, amar minha religião e defendê-la com todo carinho e amor que ela merece.

É ser ofendido física, espiritual e moralmente, mas, mesmo assim, continuar amando minha Umbanda.

É ser chamado de adorador do Diabo, de Satanás, de servo dos Encostos, e, mesmo assim, levantar a cabeça, sorrir e seguir em frente com dignidade.

É ser Umbandista e pedindo sempre a Zamby para que eu nunca esteja Umbandista.

É acreditar, mesmo nos piores momentos, com a pior das doenças, estando um caco espiritual e material, que os Orixás e os guias, mesmo que não possam nos tirar dessas situações, estarão ali, ao nosso lado, momento a momento nos dando força e coragem; ser Umbandista é, acima de tudo, acreditar nos Orixás e nos guias, pois eles representam a essência e a pureza de Deus.

É dizer sim, onde os outros dizem não!

É saber respeitar o que o outro faz como Umbanda, mesmo que seja diferente da nossa, mas sabendo que existe um propósito no que ambos estão fazendo.

É vestir o branco sem vaidade.

É alguém que você nunca viu te agradecer porque um dos seus guias a ajudou, e não ter orgulho.

É colocar suas guias e sentir o peso de uma responsabilidade, onde muitos possam ver ostentação.

É chorar, sorrir, andar, respirar e viver dentro de uma religião sem querer nada em troca.

É ter vergonha de pedir aos Orixás por você, mas não ter vergonha de pedir pelos outros.

É não ter vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata, nem ter vergonha de exercer a nossa religiosidade diante dos outros.

É estar sempre pronto para servir a espiritualidade, seja no terreiro, seja numa encruza, seja na calunga, seja no cemitério, seja na macaia, seja nos caminhos ... seja em qualquer lugar onde nosso trabalho seja necessário.

É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa, mas também sofrer porque os Umbandistas ainda são tão preconceituosos uns com os outros.

É ficar incorporado 5, 6 horas em cada uma das giras, sentindo seu corpo moído e ao mesmo tempo sentir a satisfação e o bem estar por mais um dia de trabalho.

É sentir a força do zoar dos atabaques, sua vibração, sua importância, sua ação, sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.

É arriar a oferenda para o Orixá e receber seu Axé.

É ver um consulente entrar no terreiro chorando e vê-lo mais tarde sair do terreiro sorrindo.

É ter esperança que um dia, nós Umbandistas, acharemos a receita do respeito mútuo.

É ser Umbandista mesmo que outros digam que o que você faz, sua prática, sua fé, sua doutrina, seu acreditar, sua dedicação, seu suor, suas lágrimas e sacrifício, não sejam Umbanda.

É saber que existe vaidade mesmo quando alguém diz que não têm vaidade: vaidade de não ter vaidade.

É saber o que significa a Umbanda não para você, mas para todos.

É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver atitude junto com as palavras: falar e fazer, pensar e ser, ser e nunca estar...

É saber que a Umbanda não vê cor, não vê raça, não vê status social, não vê poder econômico, não vê credo. Só vê ajuda, caridade, luta, justiça, cura, lágrimas, aflição, alívio, raiva, amor, mau e bom, mal e bem ... os problemas, as necessidades e a ajuda para solucionar os problemas de quem a procura.

É saber que a Umbanda é livre; não tem dono, não tem Papa, mas está aí para ajudar e servir a todos que a procuram.

É saber que você não escolheu a Umbanda, mas que a Umbanda escolheu você.

É amar com todas as forças essa Religião maravilhosa chamada Umbanda.
Publicado em: 2007-04-30 por NeyBarbosa,

domingo, 1 de junho de 2008

Mediunidade...

A mediunidade é uma ferramenta que permite auxiliar pessoas em dificuldades. Não é dom, nem privilégio e sim uma possibilidade a mais de aprendizado e reparo dos erros do passado. Lamentavelmente, a mediunidade por vezes cria alguns problemas, porque tanto o médium como os que vivem à sua volta, desconhecem sua importância e responsabilidade.

Da parte do portador da faculdade, ela pode ser motivo de vaidade sempre que o médium se considerar especial e presenteado por Deus com dotes extras, o que o transformaria numa pessoa incomum. Nessas condições, não conseguirá controlar a faculdade nem selecionar o que deve ou não ser divulgado. Da parte dos amigos que o rodeiam, constata-se com freqüência os malefícios que estes lhe causam. Há médiuns que de modo inconseqüente, são usados como porta-vozes de notícias do Além e mesmo para fornecerem informações sobre o que acontecerá no futuro. Pessoas que nem conseguem viver o presente e já estão preocupadas com um tempo que talvez nem chegue.

O Centro Espírita (qualquer um de trabalho sério), é o local correto para a atividade mediúnica, precisa orientar os que atuam no campo da mediunidade, para que não se percam. Explicar aos medianeiros que tem pouca utilidade a mensagem repetitiva, falada ou escrita, que já consta do Evangelho e está fartamente complementada por respeitável literatura espírita e que importa naquele momento, atender aos Espíritos sofredores para libertá-los das trevas. É inadiável o trabalho de amor ao próximo.

Em despretensiosa recomendação aos médiuns, poderíamos sugerir o seguinte:

Jamais repita o erro do "velho médium" que menospreza o estudo e fica só envolvido com a prática mediúnica. Como entender-se com Espíritos quem não fala a língua deles. Participe de reuniões que visem melhorar seus conhecimentos.

Não tenha pressa em relatar a vidência envolvendo problemas dos outros. Isso irá ajudá-los pouco e é provável que você esteja vendo "errado". Vidência é mediunidade restrita à capacidade evolutiva de cada médium.

As informações que criem pânico ou possam semear discórdia jamais devem ser divulgadas. Só Espíritos de natureza inferior dão este tipo de recado.

Nunca se envaideça com elogios quanto à sua mediunidade. O mérito é dos Espíritos que usam o médium para o socorro, sob a assistência de Jesus. Elogio que chega em exagero sempre esconde segundas intenções.

Analise sempre o que diz, para que suas mensagens sejam transmitidas com equilíbrio. Não se esqueça que é dos Espíritos a autoria das palavras. Reproduza-as com a maior fidelidade possível e cuide para não denegrir a imagem daqueles que do plano invisível o assiste, evitando influenciar seus pensamentos com as próprias palavras.

Dê exemplos de educação e brandura, porque o médium, mais do que um procurador dos Espíritos, é propagandista do mundo espiritual. Melhor que falar é mostrar lições por atitudes. Não exija o que você mesmo não consegue fazer porque os obsessores gostarão de testá-lo. Uma pessoa aflita, ansiosa, não pode ser médium da Luz. Controle-se!

Não falte às reuniões. As programações espirituais incluem a sua presença e isso não condiz com os princípios da caridade que os médiuns propõem viver.

Evite fazer de seu lar um ponto de reunião mediúnica para atender assuntos particulares. O Centro Espírita é o local indicado, porque além da divulgação do Evangelho ali há maior auxílio dos responsáveis pela casa, encarnados e desencarnados.

O médium deve esforçar-se para ser exemplo, em casa, na rua, na escola ou no trabalho. O médium deve evitar o ciúme, o rancor, a inveja, a indiferença ou qualquer sentimento negativo em relação aos demais companheiros. Estes sentimentos desarmonizam a equipe e prejudica a realização dos trabalhos com segurança. Se ainda é impossível nos amarmos em plenitude, ao menos respeitemo-nos, compreendendo as limitações próprias da nossa condição evolutiva.